É como se minhas entranhas devorassem toda a minha alma
Sugassem para si cada energia que resta em meu corpo
E eu tremo
Como tremo quando assim me olhas
Com teus olhos entupidos de tanto mistério
Teus olhos que me buscam desesperadamente
Na esperança
De que meus olhos correspondam
Mas minha face avermelhada
Minhas mãos suadas
Tornam meus olhos tão covardes diante dos teus,
Que num impulso que me desgosta, desvio meus olhos
Finjo perder-me na mansidão do mundo
Queria eu perder-me na mansidão dos teus olhos e, por inteiro,
Sufocar minha alma dentro de ti.
Sinto que nada mais vale que ficar ouvindo tuas palavras sempre tão polidas e sinceras e,
Nada mais vale, senão buscar assuntos que agradem teus ouvidos e tentar,
Por menor que seja, abrir teu sorriso com besteiras absurdas que te falo
Sinto que nada mais vale, senão te procurar por todas as minhas manhãs e tardes e noites
Para que talvez eu possa respirar o alívio de te ter cada vez mais meu.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
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Ai que lindo isso! Foi pra quem, amiga?
ResponderExcluirPoesia se faz para a vida.
ResponderExcluirbonito
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