E hoje, debruçada em minhas lembranças, chorei. Chorei com um chorinho fino, de quem quer exprimir fortes lágrimas de dor, mas não consegue. Chorei como uma crinaça implorando por atenção, mas sem que ninguém me pudesse atender. Escorreu apenas uma única lágrima que não me frustrou e muito menos aliviou. Tentei, juro que tentei com esforço de praticante, que caíssem demasiadamente inúmeras lágrimas, mas de repente, ali, elas secaram e permaneceram duras e estáticas diante de tudo. Gostaria tanto que elas viessem aos montes, como rios violentos entre pedras que levam simplesmente tudo! Gostaria que minhas lágrimas viessem e sim, levassem tudo! Levassem dor, tristeza, angústia, alegria, sorrisos e que me restasse somente uma respiração leve, de quem atingiu um momento sublime de êxtase e exaltação de sentidos.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
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as vezes o corpo impede o que a alma pede.
ResponderExcluirgostei do texto