quinta-feira, 21 de abril de 2011

Vício II


E fez-se a luz,
Fez-se o fogo e a chama
E deu-se a respiração
Nicotinizada...
E do trago,
Fez-se um preenchimento
De tantos e tantos vazios.
Fez-se o alívio e a degustação
De infinitas substâncias.
Criou-se o câncer do fôlego perdido
E o viciante hábito da satisfação.
Acende-se na alegria
E no peso do cotidiano insuportável
E transcende o controle
Até que se torne
A calmaria das cinzas, a calmaria da morte.

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