Somos um artigo indefinido
À procura de concordância
Entre a tua culta norma
E meu dialeto estigmatizado.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Gestalt
Minha alma e meu fundo
Minha pele, minha forma
Conteúdo que me torna
Mais um corpo nu no mundo.
Paradoxo
Só a imensidão pode me saciar.
É um amor tão imenso
Que não cabe a um ser ou uma coisa,
É preciso que seja compartilhado
Com o infinito,
Com o mar e o céu e as estrelas,
É preciso que seja visto
Pelo mundo como um todo
E é preciso que seja respirado
Em todos os cantos e ecos
E em todas as melodias
Do mar e do céu e das estrelas
E que não tenha medida, nem peso
E que não me seja só apenas
mais um delírio.
É um amor tão imenso
Que não cabe a um ser ou uma coisa,
É preciso que seja compartilhado
Com o infinito,
Com o mar e o céu e as estrelas,
É preciso que seja visto
Pelo mundo como um todo
E é preciso que seja respirado
Em todos os cantos e ecos
E em todas as melodias
Do mar e do céu e das estrelas
E que não tenha medida, nem peso
E que não me seja só apenas
mais um delírio.
Vício II
E fez-se a luz,
Fez-se o fogo e a chama
E deu-se a respiração
Nicotinizada...
E do trago,
Fez-se um preenchimento
De tantos e tantos vazios.
Fez-se o alívio e a degustação
De infinitas substâncias.
Criou-se o câncer do fôlego perdido
E o viciante hábito da satisfação.
Acende-se na alegria
E no peso do cotidiano insuportável
E transcende o controle
Até que se torne
A calmaria das cinzas, a calmaria da morte.
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