segunda-feira, 23 de agosto de 2010

À minha Gabriela

Meu cravo, minha canela
Gabriela dos temperos e sabores
Gabriela dos céus e da terra
E de todos os amores
Minha Gabriela doce, das cores
Do quarto enfeitado
Das tintas, das roupas usadas,
Gabriela do abraço apertado
Gabriela das fotos tiradas,
tratadas, expressadas, endeusadas,
qualificadas, amadas.
Gabriela das fotos rimadas,
Das fotos ritmadas, musicadas,
Gabriela das fotos encantadas, experimentadas.
Gabriela do amor infinito
do pensamento oculto,
do mistério e da atitude,
do silêncio e da solidão.
Gabriela do meu perdão.
Gabriela da ilha, da Kahlo,
de Berlin, do pôr-do-sol.
Gabriela da infância,
e agora, Gabriela na distância física.
Gabriela presente em mim,
sempre e por toda a vida!
Gabriela linda,
Gabriela da minha poesia,
Que entra em sintonia
E me arrebenta toda a paz
Gabriela, minha surpresa.
Gabriela que sem dúvida é capaz
De amar a vida que traz.
Gabriela dos encantos
Do medo e da saudade.
Gabriela da mente que voa
Que me é difícil acompanhar,
Gabriela do peito aberto
Que faz o mundo gritar.
Gabriela dos sons, das luzes,
Gabriela das inseguranças,
das piadas de criança.
Gabriela do meu mundo colorido,
Do meu mundo tudo-melhor,
Do meu mundo como-é-bom-viver,
Do meu universo como-é-bom-amar.
Gabriela das obras de arte e das comotions,
Da liberdade da vida,
Das aflições desenfreadas diante de tudo
E das inquietações diante do penhasco
em que se encontra a humanidade.
Gabriela dos sonhos coloridos,
E da família engraçada,
E dos entorpecentes.
Gabriela que me entorpece,
E deliro...
Deliro de te amar tanto,
Deliro na morte de mim no sorriso teu.
A alma me entorpeces
E fazes de mim a vida
que há no encanto teu.

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